domingo, 26 de julho de 2015

domingos


Não há culpas.
Não há dedos apontados, nem divãs onde me tenha esticado durante 1h a tentar perceber o que se passa comigo. Nunca procurei respostas porque não tenho perguntas. Sou. Mas não posso ser. Se fosse, deixava de ser.
Revolto-me em certos momentos do dia por me permitir não ser quem sou verdadeiramente. Noutros, não penso nisso, limito-me a ser o que os outros acham quem sou. Sou considerado um bom homem.
Deixo assim.
Não há culpas, o almoço de Domingo é religioso, sou o que os olhos dos meus pais e da minha tia veêm. Nunca tentei desmistificar nada, contar fosse o que fosse. Agrada-me estar perto deles, sinto-me confortado entre eles. Até mesmo quando há perguntas e minto.
Sou um bom homem, um bom mentiroso.

 

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